quinta-feira, 17 de junho de 2010

África




vou me embora pra

África

lá será minha

Pasárgada

torcer com

Gana e Eto'o

e renascer na terra

onde morreu

Rimbaud

domingo, 13 de junho de 2010

13 poemas ácidos ... 1 ano




Não é motivo pra soltar foguete, nem mesmo juntar toda a família na sala, mas hoje faz 1 ano que caía nas “más línguas” e na boca do povo, meus 13 POEMAS ÀCIDOS NO BOLSO DA CALÇA. Poesia bandida, marginália enrustida, provocação e desejo.

Eu já não digo mais sobre esse livro bastardo. Ao encontrá-lo nas vielas escuras e portas de banheiros sujos, aviso aos navegantes “LIVRO DE TARJA PRETA, LEITURA SOB LIVRE ARBíTRIO”.

Que rememorar hoje não seja o caso. Skylab, Testa, Juanna, Goma, Casa da Cultura, Coletivo Subsolo, um monte de amigos e a madrugada abraçando-nos. Escrevê-lo foi prazeroso, esforço tremendo para merecer aquela deliciosa orelha “a la Zoppa”. Hum!!! Fez valer a gorjeta do garçom.

Do meu quarto de HOTEL disponibilizo o livro em arquivo PDF, versão revisada para a verve dos incendiários.
Cuidado com os fósforos.

http://rapidshare.com/files/412204961/13poemas_miolo.pdf

Taí o link

O livro pode ser encontrado no
Goma, Sebo Maravilha, Livraria Pro Seculo, Livraria da Edufu, Banca de Revista do Bloco 3Q UFU, Black Toi Tatoo, Livraria Despertar ...

Nos vemos por aí...

sábado, 12 de junho de 2010

de profundis




De tempos em tempos ele atravessa a fronteira
e ruma para o “sul de qualquer lugar”, deslizando em audácia festiva.
Imigrante, passa por locais onde em sonho esteve.
Pontua, tatuado em seu braço, as intensas noites de lua cheia, as algazarras, as festas e as indeléveis sensações.
Rememora e ultrapassa pensamentos.

Há sempre solidão ao estar junto a multidões.
Há sempre um dia que pode ser outro, novo.

Infinitamente pesaroso do passado, se alivia aos nascer do sol. Cada um deles agora abre um rasgo em seu peito e inunda de luz sua vida.
Na profundidade da noite escura, enlameado sob o manto das estrelas, circulado pelos anjos da guarda dos vagabundos, se absolve e se perdoa.

Bate um vento frio no seu queixo.
Como um jab d’um boxeador costarriquenho, o perdão atinge seu coração.