"Deseim" de Luiza Guedes
Começa assim...
O risco profundo da tinta
na pele
O som silencioso das palavras
nos olhos
A cócega estranha da voz
na língua
O sorriso singelo; dela
na boca
O toque sutil dos dedos
na nuca
O suor envenenado escorrendo do colo
aos seios
o abraço eterno dos amantes despencando em gozo sobre e adentro o precipício
suas mortes anunciadas
congelados num instante divino
seu sexo abrindo novas dimensões
trazendo Atlântida submersa à superfície
existindo eternamente num mero segundo etéreo
e à noite rondando suas casas
soturno; o desejo
e d’agora em diante é matar ou morrer
cuidado!!! perigo!!!
à espreita sorrateiro no canto atrás da porta esperando
a hora certa
de pular no seu pescoço
não abra sua janela
não cubra o rosto ao dormir
revólver engatilhado sob o travesseiro
viver na corda bamba, na ponta da agulha,no fio da navalha
sangue coagulado nos lábios, surra da própria vida
então
põe gelo, merthiolate
e beije a boca
de quem você queira
pois antes que morra de desejo;
mate-o
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terça-feira, 22 de março de 2011
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3 comentários:
Detido,
firmo os pensamentos em mim mesmo...
perpasso os vincos - me alinhando --
me despenteio.
Eu ganho a rua - sigo ligado...
Em ti não posso pensar;
num lapso, me abstraio...
te desejo.
Hã!?
Hospital Psiquiátrico da Água Funda / 1994 / Bã.
Quédizê: Tantã.
"And here's to you" Mr Robisson!
Valeu América Do Sul!
Míster Sã!
Mais um!
Hã-Bã!
Hã-Bã-Tantã!
Hã-Bã-Tantã-Sã-Tchum!
Ziriguidum.
E - Banzai!
Grande Robinho.Tinha perdido o endereço do teu blog. Gostei do texto e do blog. Abraço
que foda
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