quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Alguma ajuda (enquanto espero)




Ser solitário é querer fumar um cigarro quando não te sobra mais nada e lady stardust e rocknroll suicide cortando teus pulsos e o ar, daqui até a eternidade, cercado de trinta milhões de pessoas.

Lembrar d’alguém, lembrar com força, sentir com vontade, não se importar em parecer patético ou comovente.

Olhar de verdade nos olhos, ter do que se envergonhar.
Ser instintivo ter premonições.
Suar sentado no banco de passageiros..
Agir antes do despenhadeiro.
Evitar a queda.
Levitar.

Tocar o ombro amigo.
Sorrir ao ser cumprimentado.
Nada de balbuciar falar baixinho.
Dizer gritar.
Cada palavra cada pedaço de sílaba sangrando na boca, mastigar seus dentes e íntimos sentimentos
Cuspir e jogar fora.
Expurgo e dor.

Dói.

Ser místico
ser mais relapso
ser intenso
ser só e emanar seu santo
beber da água dos prazeres e limpar suas feridas
lentamente

Ter amigos cura dores

Imersão




Dez mil soldados atravessando os canais de Amsterdam
Marchando solenes sobre as terras encharcadas
Bons, maus, tolos e inocentes

Nos olhos
a transição entre as trevas e a iluminação
nos domínios secretos
do seu coração

Preferir percorrer com destreza as agruras dos dias
à fugir da alma e suas impurezas

Verdade imersa na solidão de cada homem
Incólume e sozinho
Percorrendo trilhas de fumaça, sal, sol e sangue

Vencendo seu diário dragão, passo a passo pra fora do abismo e da escuridão



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segunda-feira, 17 de novembro de 2008

As barras das calças



As barras das minhas calças não me deixam mentir dos lugares onde andei

Escritos em laminha fina todos os bares, boates, butiquins e biroscas além das casas dos amigos e das ruas

Grafado em grandes carimbos as salas de aula, os escritórios, auditórios, repartições e subseções que já freqüentei

Nos calcanhares, os tropeções e as correrias

os passos bem dados

e os além do abismo
As barras das calças não o deixam mentir dos lugares onde andou

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Acaso, caos e coincidências


Acredito em coincidências.
Acredito em acaso. Em instinto.
Meu Deus também joga dados, mas também sai às vezes pra dar um rolê.
Deixa o tabuleiro à mercê das crianças.

Acredito em premonições e no poder intuitivo.
Acredito no que dizem os arrepios na espinha. Creio em dejä vus.
Tento sempre que me lembro, decifrar meus próprios sonhos.
E os dos outros também.

Leio horóscopos.
Freqüento centros de candomblé.
Participo de reuniões de médiuns e videntes. Como biscoitinhos da sorte.
Peço a ciganas q leiam minhas mãos, as duas, pra que não restem dúvidas.

Sento sempre q posso
No centro da cidade na hora do rush
Tentando observar o acaso agindo sobre nossas vidas.
Um encontro inusitado. Uma batida de carro. Um ônibus q se perde.

Daí me permito seguir pessoas e descobrir o que o acaso lhes reservou.

Mania estranha né ?

Poizé... Melhor q roubar chocolate Bis nas Lojas Americanas, igual fazia quando estudava no Bueno.


Acredito que algumas coisas não são à toa. E outras acontecem e servem ou se utilizam, como q sendo antenas do subconsciente, pescando o pensamento coletivo.

Crash da bolsa, presidente americano negro e descendente de muçulmanos, as historinhas da Mônica agora são adolescentes, começo a ficar barrigudo, meu joelho dói, minha banda lança disco, eu lanço livro e a chuva se aproxima no horizonte.

Alguma coisa isso tudo deve ter ...

Tempo maluco esse em que vivemos.
Mas sempre foi assim, é como dizia acho que Dickens “... a mais maravilhosa época do homem, é a em que se vive”.

Meio obvio né Charlie ... mas tudo bem.

É ou seria presunção, adivinhar o futuro. Dizer isso ou aquilo.
Não me cabe ...

Do futuro pouco se sabe.
Sei q fim de semana tem ensaio, futebolzinho na sexta com os brothers, festinha no sábado.

Aliás festança né...

Do futuro pouco sei.
Sobre mim mesmo, ainda ando lendo a bula.
Mas estoy muy curioso sobre o que me guarda, esse maldito futuro.

Pra mim e pra nós

Pra vocês e pros outros

Pra eu e você

Pra ela


Pois bem ... nós vemos então qualquer dia desses

no futuro

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Coluna No Bolso da Calça



No Cult Blog ( http://www.cultblog.com.br/Robisson.html )a coluna “No bolso da calça...”.

Além de meus poemas, música e cultura pop. Tudo regado a caipirinha e queijo com orégano. A primeira porção já ta lá “She’s Leaving Home – o poema” que também está cá embaixo.

O CultBlog é um dos site culturais mais interessantes de Uberlândia, através dele você fica por dentro de muita coisa que acontece por aqui.

No mais, a Juanna Barbêra contrabandeou duas faixas do seu disco “Deserto Sonora” e tascou no myspace da banda

São “Van Jorge Grogh” e “Missa Branca”

E o Hotel Sete continua aqui até q o derrubem pra construir um estacionamento no centro da cidade.
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