segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Jambolada




Dias de outubro
Dias de reencontro
Sangue correndo rápido nas veias sob o sol quente da tarde ou a chuva fina da noite
Dar o ar da graça, se reencontrar consigo e se perder com os outros

A vida podia sempre ser celebração
Ser uma Jambolada ser um Festival
Dançar, ver amigos, reencontrar amores, descobrir amores
Deixar a música suar sua pele

Bela despedida
Belo recomeço
E o fim só termina quando algo se inicia
Cíclico, vai doendo um cadiquim e vai ficando a saudade

Ao mesmo tempo coçam a palma da mão, a dúvida e o desejo
O que será agora
O que vem por aí
Restando entender que se a festa existe dentro de nós
Basta agora saber levá-la de mãos dadas por aí

_ Oi essa é a minha namorada.
_ Olá tudo bom?
_ Tudo.
_ Como é seu nome?
_ Festa.

Porque nessa vida, no final das contas, o troço todo gira em torno do amor.
E a Jambolada sempre foi um lance de amor.
Amor pela música e pelas pessoas.

Daí de agora em diante a gente continua nosso caso, nossa transa... como em todo caso de amor.
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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

OUT

Sobre o mês de outubro OUT é fora é do lado de lá não é aqui outubro diz pra ir pro outro lado ir por ali “abrir novas portas” outubro tá nadando pelado no riachinho pulando a cerca do curral roubando beijo no recreio mentindo idade em show de rock outubro já buliu com prima, já roubou manga, já rodou carro apertou a campainha e saiu correndo outubro não é clean, é sujo e usa calça rasgada outubro e primavera mês das crianças, da curiosidade, do mal feito, da risada, da busca, da brincadeira era mês da jambolada mês do congado nas ruas fazendo festa e desafinando o coro dos contentes outubro é de música e é de amor p’ra preparar o santo pra salmoura de fim de ano p’ra quando suas costas forem castigadas na troca das oferendas então pule fora drop’out abrace seu próprio ombro ou outubro ou nada

Evitar a morte




o encontro
a clarividência
a porta aberta
o insigth

evitar a morte dentro de noites extremas

e à noite
surrupiar a dança
pedir arrêgo a vida e denunciar o acaso
dizer pra sempre que não é mais

e de dia
batucar na mesa do bar aquela canção perdida
e num longo sorriso amigo desvendar a exata charada

negar a morte ao realizar ritual místico e estranho de se irmanar com o desconhecido
despido de roupas e vestido de seus ridículos

eu
pago pra ver


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