domingo, 22 de novembro de 2009

meu amor me agarra e geme e treme chora e mata


Jards Macalé

meu amor é um tigre de papel
range ruge morde
mas não passa
de um tigre de papel

numa sala ausente
meu amor presente

me prende entre os dentes
depois me abandona e vai
definitivamente... definitivamente

ilude desilude range ruge morde
velho tigre de virtude

nas selvas de seu quarto entre florestas
cartas
frases desesperadas
lençóis

onde me ama
furiosas garras meu amor me agarra e geme e treme chora e mata

um tigre de papel perdido nos lençóis da caça

um tigre

perdido

um tigre de papel

perdido

sábado, 21 de novembro de 2009

repasso o passo





um passo em falso
e você não está mais no mesmo lugar ...

terça-feira, 17 de novembro de 2009

O "se" e o nada


Enquanto ela esperava ele
Ele esperava ela

Encontro de meia noite
Butiquin bar e janela

Enquanto o sol saia
E o dia amanhece
No peito coração ardia
Queimava incendiava

Nessa vida amar não basta
Isso descobri muito tarde

Ô ÔÔ Ô ÔÔ Ô Ô Ô ÔÔ Ô Ô ÔÔ Ô
NÃO NÃO NÃO NADA NADA NADA NÃO NÃO NÃO
NÃO NÃO NÃO NADA NADA NADA NÃO NÃO NÃO

Descobriu que não queria mais
Que suas noites são terríveis
Junto a ela ou ao seus ais

Melhor está sendo deixar a vida me abraçar
A vida me abraçar

NÃO NÃO NÃO NADA NADA NADA NÃO NÃO NÃO
NÃO NÃO NÃO NADA NADA NADA NÃO NÃO NÃO

O se não é nada
se você não diz nada ?

Descobriu que não queria mais
Que suas noites são terríveis
Junto a ela ou ao seus ais

Melhor está sendo deixar a vida me abraçar
A vida me abraçar

NÃO NÃO NÃO NADA NADA NADA NÃO NÃO NÃO
NÃO NÃO NÃO NADA NADA NADA NÃO NÃO NÃO

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Pós ...

Xico Mascarenhas Também Sete



pós parto
pós tudo
pós modernismo estruturalista
pós coito
pós briga rixa e amor

pós jambolada

podia ser pós carna triângulo ou pós abadá meu bem tô doidão na chincha do crioulo doido

mas é
pós jambolada
que tá pegando hoje
na segundona

enfim
hoje ele só poderia sair pra rua de bermuda e chinelo de dedo
chinelo havaianas mesmo... das tiras lá e tal...

mas não qualquer chinela de dedo
tinha de ser uma laranja, da cor dos olhos dele
havaianas laranja porque é psicodélica porque é frita porque é chinela e é samba,
porque é chique doidim, porque é mendigão
porque é segunda à tarde e a tarde pede pés no chão e se o asfalto machuca o pés,
veste sua havaiana laranja psicodélica da cor dos olhos dele... e pisa.


daí sai pra rua com seu amigo, um dos ...
e vai cantando e fazendo uns sons com a boca
e sua língua rodando rápida como chicote nas costas dos nossos ouvidos
e sua dicção solitária em meio as outras todas pessoas...
na rua se tornando imperceptível.

daí os caras partem pra encontrarem um amigo em sua casa e os caras vão rindo e falando sobre tudo e sobre eles e elas e sobre o sol a chuva e sobre coisas que nunca haviam falado antes e sobre coisas que deveriam fazer e sobre as que já não se lembravam mais e riam juntos e foi pintando um som e criaram esse som e cantaram essa música que ainda não existia e de repente ...


a polícia os aborda


numa segundona à tarde perto da Acrópole, casa dos Deuses, onde o público messianico abriu oceanos. onde eles haviam passado dois dias antes envolvidos com música, cultura e afinidades. mas hoje eles eram suspeitos, muito mortais.


daí rolou a letra da música.


“Na favela suspeito é mato.”


a polícia não podia permitir aquela chinela de dedo laranja numa tarde de segunda-feira, é abuso demais ao statusquo vigente ...


_ Passa essa chinela de dedo laranja pra cá rapá... cadê, tem mais ? não me enrola hein.



...

possuir ou posso ir ?



no amor
há verbos intransigentes demais
tsc tsc tsc
como estes

possuir?
ou
posso ir?

agora com a nova reforma ortográfica do coração, com ph
as duas palavras se uniram
segundo os magistrados
nada mais significam
do que a mesma coisa...

ou seja

nada.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

cruzeiro x atlético



um cruzeiro e atlético no interior de minas gerais
um clássico do futebol e da vida no interior de minas gerais

a cidade reunida em torno da tv num galpão na praça central
torcedores d'um lado e d'outro, juntos

cervejinha
uniformes antigos no peito
bicicletas destrancadas no corredor


cidade pequena numa segunda-feira de feriado
ainda por cima dia das crianças e elas todas soltas na praça
esperando o mundo que as vêem e as vai engolir

cidade pequena
no interior de minas gerais
no interior do brasil
numa segunda-feira de feriado
às cinco da tarde
depois que o sol esfriou
com o tempero do maior clássico do lugar

me sinto vivo demais envolto dessas pessoas ...

simples

todo o resto é uma ilusão

.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009






em montes claros, quatro horas e 40ª graus ...






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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

li
faz pouco mais de 4 horas,
meus poemas
para um público interressado
num auditório chamado hermes de paula
no centro da cidade de montes claros
na abertura do salão de poesia.
no meio do troço todo
pedi licença
e tirei meus sapatos e meias em respeito a terra onde nasci.
queria ler descalço
sentir o chão nos pés.
aroldo, o produtor do evento, havia dito
na fala de abertura
que era dia de são francisco de assis
então
nada mais coerente, pra mim
que sou devoto de santos e demônios
rezando cada hora p'rum,
do que refazer minhas oferendas humildemente
e andar com os pés descalços,
sob o céu
e
sobre o inferno,
do solo da terra que não me viu crescer ...
.

domingo, 4 de outubro de 2009

poema ritualístico sobre o amor fazendo as unhas envolto em sacos negros de lixo

antes

ele tinha os beijos dela ao acordar



agora

só o cachorro lhe lambe a boca


para dani lu
.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

pagodinho poema (medley ou pout pourri?)





Esse meu sorriso maroto é apenas a revelação do meu jeito moleque de ser. Pois se achou belo meu pagodinho, é porque com certeza você é nobre na harmonia do samba. E vê se só pra contrariar não some e aparece lá em casa, no fundo de quintal pra gente exaltar o samba.

Cadeado e eu, altos na casa dele às duas da matina, deu nisso.
Putz, na hora pareceu engraçado.

amor poema nº 2




O amor
esse indiscreto charmoso que atravessa a rua
continua sendo
dos males
o menor.

Coisa infernal negócio diabólico troço inexplicável

E quando te espero e você me espera

seja hoje amanhã ou quem sabe
continua sendo a mesma missa negra de nós dois
quem sabe um dia aprendamos a roubar a hóstia dessa sacristia... e beber

antes da cerimônia todo o vinho do padre carola
p'ra de manhã desenrolar nossos cabelos desse travesseiro
e amaciar com Confort cada minuto dos nossos dias.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

23° Salão Nacional de Poesia em Montes Claros (MG)

Fui convidado a participar do 23° Salão Nacional de Poesia que acontecerá entre os dias 04 e 12 de outubro em Montes Claros (MG).



Além de ser a primeira festa literária que participo, será na minha terra, onde nasci, onde passei diversas férias, onde vi mulher pelada pela primeira vez, onde comecei a acreditar em mula sem cabeça e em saci pererê. Simbólico. Voltar às origens e corroer suas raízes.


O Salão acontece durante oito dias repletos de atividades, entre lançamento de livros, mesas, debates, leituras, exposições, exibições de curtas metragens e videospoéticos.


04 de outubro
DIA MUNICIPAL DA POESIA

Exposição dos poemas inscritos – Instalação de 04 a 12 de outubro
Local: Galeria Godofredo Guedes – Centro Cultural Hermes de Paula – Praça Dr. Chaves, 32 – Centro (Praça da Matriz)

20:00 h
Abertura do Psiu Poético

Lançamento dos livros:
Meu Sol é Você – Terezinha Campos
13 poemas ácidos no bolso da calça - Robisson Sete
O Colecionador de Poemas – Gessimar Gomes de Oliveira

Performances Poéticas:
Jason de Morais e seu berrante

Performance musical:
Poemas cantados – Madan
Catrumano – Banda Sofia

Local: Auditório Cândido Canela – Centro Cultural Hermes de Paula - Pça. Dr. Chaves, 32 – Centro - psiupoetico@gmail.com


nos vemos por aí ...


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sábado, 29 de agosto de 2009

Poema Elétrico




Chegou em casa, excitado e suado.

Pegou na gaveta a Câmera Yashica.
Tirou uma foto digital da palma da sua própria mão.

Sentou na escrivaninha e ligou o laptop.
Abriu o Photoshop.

Precisava ao menos tentar urgentemente mudar, o que a cigana havia lhe dito sobre seu futuro, lendo as linhas da palma da sua mão.

Caro Sete


"Li, tomei e re-tomei os seus 13 poemas ácidos. E o resultado foi uma viagem realmente fantástica; e o melhor de tudo, "baseado" em ondas reais.


Graças a seus ácidos e o santo, destinatário comum de todos os tragos, deixou de ser um alcoólatra anônimo. Por isso, daqui pra frente, nas cotidianas bardisséias – que inevitavelmente começam pelo Verde –, os tragos destinados às entidades divinas já poderão ser remetidos nominalmente e, inclusive, embalados por trilha sonora.

Gostaria ainda de deixá-lo a par dos motivos de identificação pessoal com seu livro. Não sei se é do seu conhecimento, mas também fui contemplado pela lei de incentivo e lançarei um livro de contos este ano. PÁRA-RAIO DE LOUCOS é o nome, já o gênero, talvez, possa ser o realismo fantástico. De qualquer modo, algumas passagens de seu livro se encontram também mencionadas no meu, como, por exemplo: o diálogo no bar-verde com o seu Dercino; a menção à teoria dos macho alfa mais do baiano; e a “homenagem” ilustrada ao bar verde no seu livro frente à epígrafe posta do meu. Por isso, ao lê-lo, não pude deixar de me emocionar bastante, afinal, com tantas menções, quem sabe um dia não universalizemos a coisa.

Por fim, como não podia deixar de ser, já pincelei um de seus versos para fazer epígrafe a um de meus contos – que acontecia eu estar a escrever justamente no final de semana do lançamento dos 13 POEMAS. Por isso corro contra o tempo, na tentativa de registrar isoladamente esse conto para ver se ainda consigo inseri-lo no livro; mas, de qualquer modo, com ou sem a publicação imediata, havendo oportunidade lhe mostro em mãos.

No mais, deixo novamente os meus parabéns e convido-lhe para seguir o blog – pararaiodeloucos.blogspot.com – que estarei administrando a partir deste mês.

Forte abraço


Borboleta"



Meu Pai


Meu pai morreu numa noite de Natal 24 de dezembro
De motivo misterioso, coisa à época impossível de se evitar
E eu que nunca fui religioso passei a não dar valor nenhum ao dia de Natal

Uma lembrança

Missa de Sétimo Dia, exatamente na noite da Véspera de Ano Novo de 1997
Todos ansiosos pra que a Missa acabasse e pudessem sair
e comemorar menos um ano de suas vidas.

Ao final, sumiram como fumaça.
E eu que nunca fui humanista passei a não dar valor nenhum ao ser humano

Voltamos pra casa eu, meus irmãos e minha mãe, agora sem meu pai

Hoje umas coisas mudaram
continuo não acreditando na religião mas creio completamente no homem


Rezo todos os dias pra mim mesmo
Meu único dEUs


terça-feira, 25 de agosto de 2009

Clássicos empoeirados da minha estante

O bom e velho Tim Maia era doidão, era gordaço e era foda...
Ultimamente, tenho ouvido que a biografia do Nelson Motta é bem legal, que vale a pena ser lida... não é só aquelas "quem comeu quem".
Ela Partiu é realmente um clássico e me lembra uma epóca muito boa da vida.
República da Rua Planalto ... ê laiá.
.


Ela partiu
Partiu e nunca mais voltou
Ela sumiu, sumiu e nunca mais voltou
Se souberem onde ela está
Digam-me e vou lá buscá-la
Pelo menos telefone em seu nome
Me dê uma dica, uma pista, insista
Ei! e nunca mais voltou

Ela sumiu, sumiu e nunca mais voltou
Ela partiu, partiu
E nunca mais voltou
Se eu soubesse onde ela foi iria atrás
Mas não sei mais nem direção
Várias noites que eu não durmo
Um segundo
Estou cansado
Magoado exausto
E nunca mais voltou

Tim Maia

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

No Domingo 23 poemas ácidos no Jornal Correio

Poizé ...

O Jornal Correio fez um papo comigo, em função do lançamento dos poemas visuais e sobre outros assuntos.
Saiu na edição de ontem, domingo, quem quiser pode ler aqui ô...



Domingo 23
Jorge Ben Jor

Domingo 23, Domingo 23
É dia de Jorge
É dia dele passear
Dele passear
No seu cavalo branco
Pelo mundo prá ver
Como é que tá
De armadura e capa
Espada forjada em ouro
Gesto nobre
Olhar sereno
De cavaleiro, guerreiro justiceiro
Imbatível ao extremo
Assim é Jorge
E salve Jorge viva viva viva Jorge
Pois com sua sabedoria e coragem
Mostrou que com uma rosa
E o cantar de um passarinho
Nunca nesse mundo se está sozinho
E salve Jorge
E salve Jorge
Domingo 23, Domingo 23
É dia de Jorge
É dia dele passear
No seu cavalo branco
Pelo mundo prá ver
Como é que tá
De armadura e capa
Espada forjada em ouro
Gesto nobre
Olhar sereno
De cavaleiro, guerreiro justiceiro
Assim é Jorge
E salve Jorge viva viva viva Jorge
Pois com sua sabedoria e coragem
Mostrou que com uma rosa
E o cantar de um passarinho
Nunca nesse mundo se está sozinho

Beijos

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Série "poemas visuais de banheiro"

Em comemoração aos 2 anos do Hotel Sete, eu e a ArtAttack fizemos uma série de poemas visuais, como estes abaixo, que serão expostos nos banheiros da cidade, dos bares, rodoviárias, pardieiros e casas de família.

O lançamento será sexta 21 no Bar Saideira - Rua Princesa Izabel 816 Fundinho.






segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Dois anos de Hotel Sete.


daqui há alguns dias esse blog faz dois anos. sexta 21 de agosto.
pensei em dar uma festinha.
pensei em pular da ponte com a chave do cadeado de casa no bolso.
pensei em arregaçar as mangas e ir pra esquina fazer ponto.
pensei em mudar de nome e cidade, depois de fazer conta na casas bahia.
pensei em me indispor com o primeiro transeunte que pisar no meu pé na fila do terminal.
pensei em pedir ela pra casar.
pensei em beber uma coca cola.
pensei em adiantar minha declaração de imposto de renda
pensei em cancer de próstata.
pensei em você.

mas ainda estou em dúvida.

...

Clássicos empoeirados da minha estante


ando revirando minha coleção de discos, CD's, vinis e até minhas fitinhas dos anos 90, achando achados e reencontrando velhos conhecidos.
ouvindo o disco do Martinho da Vila, "Canta canta minha gente" de 74, topei com essa pêrola, orquestrada divinamente pelo George Martin do samba, o senhor Rildo Hora.
pra quem gosta de samba doido e pra quem não gosta, gostar...

PS. o Sérgio Cabral em questão não é atual o governador do Rio, mas sim seu papai, jornalista e boêmio bebum dos bons, um dos fundadores do Pasquim.
Salve !!!


Visgo de Jaca
Rildo Hora - Sergio Cabral

Já caçou bem-te-vi
Esqueceu do sofrê
É o diabo
Gaiolou curió
E calou o mainá
É o diabo

Segurou com o visgo da jaca
Cambaxirra, coleiro cantor
Tal e qual me prendeu a morena dendê
No amor...
São Francisco, amigo da mata
Justiceiro, viveiro quebrou
Mas não viu que a morena maltrata e me faz sofredor

Minha terra tem sapê, arueira
Onde canta o sabiá
E a morena quer me ver na poeira
E sem asa prá voar



tem nos iutubis e nas rádiosweb, caça lá com seu botoque

...

Sobre a Gripe Suína (ou Influenza A)

_ Eu lavo minhas mãos ...


Por Renato Cabral

o tempo ? que nada...

o tempo urge.
ouçam, vocês.

o som das mandíbulas estraçalhando os dias.


.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Não tenha medo, não! [Rua Moreira, 65]


Suje os pés na lama
E venha conversar comigo
Comigo
Chore, esqueça o drama
E venha aliviar
O amigo
Vem, não tenha medo
Não tenha medo
Não tenha medo, não
Vem, não tenha medo
Não tenha medo, não
Vem, não tenha medo
A barra está pesada
Vem, não tenha medo
A barra pode aliviar
As pessoas são uns lindos problemas
Eu posso até acreditar
Eu acho tudo isso uma grande piada
Ou então eu não posso achar
Não me espera pra beber seu veneno
E nem pra ver você chorar
Demoro o tempo que for necessário
Eu moro longe
Eu posso nem chegar
Demoro o tempo que for necessário
Eu moro longe
Eu posso não voltar
Demoro o tempo que for necessário
Eu moro longe
Eu pó...
Sérgio Sampaio
Álbum "Eu quero é botar meu bloco na rua"

segunda-feira, 3 de agosto de 2009







Sou um boxeador morto em combate


...

quinta-feira, 30 de julho de 2009

prosa e poesia

...

A força da palavra está na ponta da língua.

Há de se exercitar esse músculo saboroso, p’ra que nossa prosa seja espontânea, como o soco de um moleque de rua, na cara de um executivo dentro de seu carro, parado num sinaleiro da cidade de São Paulo.

E p'ra que nossa poesia seja gostosa e livre, como moça de 20 anos, de férias com amigas em Balneário Camburiú.

Contundente.
Inesperada.
E impossível de se evitar.

Faço dessas... minhas palavras.





Para
Maryllu Caixeta
e Helder Skelter Pepper Ding Ling

e decidam vocês
quem é quem, a prosa e a poesia


...

sexta-feira, 17 de julho de 2009

semana de artes no colégio museu

eu lendo e Leon fazendo o som

estive ontem, junto com Leon e Magrela no Colégio Estadual Uberlândia, vulgo Museu

li uns poemas para os estudantes à convite da professora, e minha amiga, Daiane ...

divertidíssimo ...

aconselho, a quem se interressar, um dia participar d'uma coisa assim...

aluno com os poemas no bolso



Fotos de Luana Magrela

quarta-feira, 15 de julho de 2009

bárbaros





Um bárbaro barbudo e errante.
Sob a flâmula, seu lema.


"Ocupar e conquistar
Devorar e digerir
Regurgitar e recriar"

Insistir ...


segunda-feira, 6 de julho de 2009

Assassinatos S/A


Assassinatos sob encomenda
AGORA VOCÊ NÃO PRECISA MAIS SUJAR SUAS MÃOS




Assassinatos sob diversas formas e estilos; com requintes de crueldade ou rápidos e indolores, com veneno, corda, arma, alturas, acidentes, lutas corporais.
Enfim, buscamos realizar seus desejos e interesses da melhor maneira.

Acima de tudo garantimos discrição, sigilo e eficiência.
Dispomos de profissionais do mais alto gabarito pra todas as situações.

Trabalhamos com todos os perfis econômicos e não fazemos distinção de raça ou classe social. Assassinamos desde animais de estimação a pessoas comuns. Celebridades, políticos, empresários e famosos são nossas especialidade.

Não exigimos motivos para o crime.

Planos promocionais, trazendo um amigo você ganha desconto. Pagamento em dinheiro.

Faça uma visita ao nosso show room e ao site
http://www.assassinatossea.com.br/, contatos somente pelo emeio assassinatos@sa.com.br




Não jogue este em vias públicas.



As imagens que ilustram esse texto são de Gil Vicente, contemporâneo artista pernambucano

domingo, 28 de junho de 2009



quando eu morrer; e esse dia vai chegar, será num dia como hoje.
disso eu tenho certeza...

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quinta-feira, 25 de junho de 2009

a cigana me disse




descobriu lendo as linhas das minhas mãos

realmente

bati muita punheta quando moleque

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Tá no Inferno, abraça o Diabo






Dias de caos
Dias de ritos

Sobe a serra e desce morro
Passa por Pasárgada sem tempo de dizer olá ...
Inventa poção milagrosa para aliviar o tédio.

Da sacada do seu prédio escreve poeminha sórdido sobre a bunda da colega de Tai Chi ... pensa ele - “muito zen essa menina!”

Depois de se infiltrar em operação sigilosa no norte da África dá adeus aos diamantes, leões e dentes de sabre
Já não sabe mais se é Vênus ou Plutão seu signo ascendente

Agradecido, envia cartas de despedida aos editores e agentes
Redige, delirante, seu testamento em boletas bancárias

“Contas, contas, quantas contas.”

Lamenta ter tirado seu nome do SPC e pago promisória ao Banco Central
Em represália, envia com as senhas nos versos, sua coleção de cartões de créditos ao alberque municipal
Sugere gastos ilimitados em grandes magazines do centro da cidade

Põe a roupa e se despede, cansado de andar pelado...

Passa por camelôs da 25 de Março, lhes entrega o último talão de cheque ...
Nos bolsos, lenços, nenhum documento e folhas de papel em branco.

O avião pra Andradina já o espera.
Se o encontrarem, pensa, será a morte na certa.
Melhor raspar das pontas dos dedos as impressões digitais.
Entra no primeiro butiquim que vê, e vai ao banheiro. Sai com as mãos enroladas em toalhas, sangrando.
Uma moça lhe pergunta se está tudo bem.
Ele lhe pergunta sobre sexo oral e qual sua opção predileta, na frente ou atrás.
Recebe um grito e quase um tapa, em resposta.

Enfim, se volta pra rua e pega um táxi dois quarteirões adiante.
Dele, ouvi dizer que se tornara peregrino em Alto Paraíso, vendendo as mesmas poções milagrosas que disse um dia ter criado.

Seu nome ainda corre nos bancos de praça de São Paulo, dito entre um causo e outro, pelos velhinhos que jogam dama.

_ Então Agenor, sua vez ... Escuta, e o Gutierrez hein? Nunca mais né.

Constantino Gutierrez, 57 anos, um dos maiores estelionatários e agiotas que se tem noticia ter existido, nesse exato momento lava suas mãos na água d’um riachinho, pensando se era verdade aquele papo de seu pai, peão de roça nos pampas paraguaios, sobre ser o crime algo que não compensa.


Foto de savipe http://www.flickr.com/photos/7707288@N06/488836995/

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Sobre o lançamento dos 13 poemas ácidos ...


O que dizer ?
Quem lá esteve viu ...

Sábado 13 de junho de 2009
Dia pra mim, dos mais importantes da minha vida, pra ser guardado em vídeo áudio sensações e amizades ...
Dia de rock, de poesia carcomendo seus calcanhares, nada daquela poesia com gosto de hóstia de sacristia, ou seja, sem gosto ... amorfa, sem vibração sem intenção e sem intensidade. Tudo supremo.

Durante toda a noite, devorei a todos e a tudo, muito gostoso ... cada um cada uma cada página acorde e olhar ...

fim de semana ducaralho que tive, tivemos e ainda temos.
Redundância é pouco.


Antes de tudo agradeço aos que puseram o dedo, o pau, a bunda, a mão ou se atolaram inteiros junto comigo nessa empreitada de realizar a Vernissage e a Noite dos 13, trazendo pra os dois eventos o ROGÉRIO.

À vocês, parafraseando meu amigo Também, todas as flores do mundo sem colhê-las.

Em breve a cobertura de todo o lançamento sai em vídeo pelos YouTubes da vida;



  • a Vernissage na Casa da Cultura com os escritores lendo os 13 e suas obras,


  • a festa Noite dos 13 que rolou no GOMA,


  • psicopata performance de ‘plebeu’


  • e o show da Juanna Barbêra com a sensacional participação do ROGÉRIO SKYLAB.

Além da entrevista que o cara deu a WebTVGOMA; que eu não fui por estar completamente rouco.


Paciência, nada é perfeito.





ROGÉRIO SKYLAB é dos artistas, ao menos pra mim, mais importantes hoje no país. Sincero na sua verdade. Puro, insano e humilde. Entre tantas coisas das quais falamos; modernismo, semana de 22, torquato, leminski, fluminense, heleno de freitas, as melhores e piores bandas, os textos, as letras, a cidade de Uberlândia, a cena do Rio, a Globo, o Faustão, as mulheres ... ficou a amizade e a certeza que o cara volta logo.

É ... logo.


Pra conferir


http://godardcity.blogspot.com/,


onde ele cita toda essa movimentação da cena de bandas independentes do interior do país, como uma das coisas mais foda que ele vê hoje no panorama cultural do Brasil.

Enfim...


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Eu mesmo lendo "Debaixo das rodas de um automóvel"


Os varais de poesia feitos por Diego Boina e Lauana Fidêncio


Rogerio Skylab lendo seu "Debaixo das rodas de um automóvel"

Robisson lendo seus "13 poemas ácidos ..."

O público e a noite

Rogerio Skylab lendo os "13 poemas ácidos ..."

Danislau Também


Lauana Fidêncio


Muryel de Zoppa


Samuel Giacomelli

Leon Aguiar


Diego Boina


Henrique V



Mariana Bizinotto

'plebeu'

Guilhermim Problema

Daiane Costa



Ricardim


Gustavo Mosaico

Ademir NadaBacana

Fabíola Benfica

Ana Clara & Mariana

os 13 poemas ácidos no bolso do "paletó"

Skylab, Daniel Testa e Walber Schwartz



Performance LIBERTAÇÃO de 'plebeu'
A banda JUANNA BARBÊRA promove sua arruaça







As fotos são de autoria de Luana Magrela, Marco Nagoa & Hick Duarte ...


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