segunda-feira, 17 de março de 2008
Chuva
Chove lá fora.
Mas chove muito, eu desejo um cigarro e dez mil palavras caindo sobre a cidade, pesadas, devastadoras, um noturno banho místico deflagrando a verdadeira catástrofe.
_ Meu Deus! As onomatopéias estão derrubando pontes em toda a grande São Paulo! – diz a garota do tempo - Frases inteiras arruinaram imensas plantações de café no interior do estado.
No coração pingam apenas pingos, chuvinha fina, e respingam no mofo da parede, formando certas letras. Eu a decifrar já desconfio, dessa gramáticad’agua, que até a chuva já sabe do que vai lentamente acontecer, e como na descoberta de qual desejada e premiada figurinha está nos chicletes plocmonter, bublegum ou babalu será seu nome na parede, nesse misterioso mofo úmido, que irá aparecer.
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Um comentário:
"...se cheguei até aqui sou considerado destemido ou deste mundo, prefiro ser um ET uma tentativa falha pra não me parecer com vc...
Obrigado por tantos conselhos graças a ti tenho medo da vida e do espelho, que aos meus olhos refletem oq eu queria de vc e que hoje me faz mal..."
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