- como haveria de cantar? –
berra todo nosso sufoco
como um doido na camisa de força
vem do útero do ânus estuprado
do peito doente
da cirrose do fígado
minha poesia é o pânico
a quarta dimensão terrível
da vida consumada no porto da barra pesada
das penitenciárias dos hospícios
do pervintin da maconha e da cachaça
do povo na rua
- do povo da minha laia –
minha poesia é o hino
dos libertinos
que conspiram na noite dos generais ...*
nesse labirinto não vejo saída
"seus poemas não lhe darão fama nem luxúria, quem sabe talvez uma cela escura na capital do país ...”
* Poema de Adauto página 251 do livro “26 poetas hoje”, música Maracatu dos Ratos da Juanna Barbêra
Um comentário:
Belos Textos.
Gostei do seu blog.
Passarei aqui mais vezes.
Parabéns
Postar um comentário