quinta-feira, 26 de março de 2009

Te amo ...



Quando chegou, era muito calado
Tempo depois contou sua história
Passado uns dias já ria de si mesmo
Logo já atravessava a rua sozinho
Amou por muito tempo
Depois odiou a si próprio

Enquanto inventava deuses de plástico
pra amortecer sua queda
fez das cinzas do seu cigarro o vácuo da sua solidão

Disse outrora, ser mais profundo qualquer conversa de butiquim ao seu lado que as vãs filosofias das cadeiras universitárias
preferindo atravessar noites cheias de náusea pra inspirar transtorno e um cadiquim de caos

Quando morreu seu corpo foi cremado, seus ossos amontoados em barris de óleo e hoje sua fronte vistosa não incomoda mais

Descansa num rito mausoléu

Mas nas noitinhas de chuva, nas noitinhas de chuva ... ainda o escutam gritar

_ Meu bem !!! Meu anjo !!! Também te amo.

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