que falta de graça escrever poesia em 2007.
pra que poesia em 2007 ?
não há chapéus cuco, nem carruagens, nem canetas tinteiro, nem tuberculose ou tavernas...
hoje há laptops, terrorismo, incêndios florestais, e computadores de ultima geração...
queria escrever um poema em 1923
[enchê-lo de paralelepípedos e ruas de tijolinhos
pôr nos versos umas sacadas e belas moças com decotes a me olhar
fazer valer a bebedeira enquanto risco um fósforo e desapareço...
sobre o que dizer hoje, senão reclamar de que estou tristonho e por isso reclamo...
e
sublinhar a mística de que todo poeta
é um sonhador...
Um comentário:
o tio gostou.
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