quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Poesia para fundo de gaveta

Este poema é para ir para o fundo da gaveta
É para nunca ser lido e se lido esquecido
É para nada significar ao leitor mais atento
É para não valer um centavo e não pagar as contas do poeta
                                                                                    em questão
Este poema é como qualquer outro, para ser incômodo,
                                                      ser reflexo, ser espelho
                                                                            e sumir
                                   ploc
                                   com bolha de sabão …
Este poema não diz respeito a nada, a não ser a ele mesmo
Como vê, não há belas palavras, imagens ou aliterações
Este poema, como qualquer outro
é para ser esquecido
como moedinha de centavos,
como tampa de caneta bic
na gaveta da cômoda
sob a televisão ligada
nos programas de auditório nas casas das famílias do século XXI
Afinal
para que poesia ?
_ Amor, venha ver aquele cantor que você gosta na TV …

2 comentários:

Morganna disse...

pra quê, num é? bolhas de sabão são bonitas.

Cecília Borges disse...

teu ploc faz barulho.